Aí a mulher faz os exames para saber o sexo do bebê e vem a constatação: “É menina!” Não passa muito tempo e começa a ser desembarcado, em alguns metros do futuro quarto, fitas, bordados, babados e rendas.
Quando nasce, a menina logo se acostuma em ser chamada de princesa. Às vezes, se veste como ela e costuma sonhar com um príncipe. O tempo passa e junto a ele, chega a era do rosa, do rosa choque, das princesas da Disney e de ser gata.
Depois de um tempo, não importa mais que o príncipe a apanhe na torre, mas, sim, que algum gato a chame para a balada. Há uma fase em que é apaixonada pelos vocalistas das bandas, atores de cinema e das novelas.
Entre essas paixões e seu casamento, mudará o gosto para algum analista de sistema, engenheiro, advogado, profissional da saúde, da construção civil ou profissional liberal.
Em um determinado momento, chega a uma encruzilhada:
Opção A: ser linda, beber só água e desconhecer o porre. Parecer com manequim de loja. Malhar tudo que pode;
Opção B: ter uns quilinhos a mais, mas ser simpática, desencanada, independente de celulite; dar risada solta e dispensar certos filtros na língua;
Opção C: a mistura de tudo ou de alguns itens.
Mas o que importa, então?
1 – Ser agradável, porque ninguém merece gente enjoada;
2 – Ficar linda como puder, olhando, ao seu modo, para sua pele, cabelo, seu charme e autoconfiança;
3 – Ser feliz, independentemente do sapo que dizem ter encontrado.
Seja como for, no mês da mulher, escute-se, compreendendo, no lugar de contra-argumentar. No meu Livro “A Escuta como Arte e Ofício”, ressalto que o desafio é aprender esta arte, independentemente do sexo, porque assim acolhemos o outro, colocando no colo, sendo suporte e fazendo com que a pessoa e você se sintam felizes.